22.5.10

21.6.09

"Fatos Preenchidos"









A segunda pintura em vielas do ano de 2008 foi realizada no Jardim Sabará, o projeto é de autoria de Fabrícia Leme, aluna do curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Londrina. Os desenhos selecionados fazem parte da série Fatos Preenchidos.












"Observar pessoas, captar todas suas particularidades, o momento, a pose, podendo acrescentar a isso objetos pertinentes a imaginação, aquilo que julgo caber naquele momento. O corpo faz uma reflexão sobre si próprio em uma viagem do eu interior. Cada personagem criado vive em um universo particular. O grafismo vem justamente para gravar a cena, e o preenchimento trata de algo que nunca é vazio." (Fabrícia Leme)


Mapa do local da pintura. Outra viela que vale a pena conferir de perto!

Ondinas


O projeto mural realizou no ano de 2008 em sua nova fase, duas pinturas em vielas na cidade de Londrina. A primeira foi realizada em uma viela do Jardim Hedy nas proximidades do córrego Rubi, o projeto é de autoria de Vanessa Deister, aluna do curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Londrina.






"Partindo do mundo da moda e da propaganda comecei a desenvolver meu trabalho. Folheando catálogos, observando outdoors, fui criando “minhas mulheres”. Retirando delas sua essência selvagem, seu poder de sedução e consumo, as principais armas desse meio... Monstruosas e sensuais, mesmo causando certo estranhamento, acredito que essas mulheres tem algo para transmitir do mundo delas, não necessariamente o nosso mundo, talvez um paralelo. Coloco elementos desse mundo nos meus trabalhos, algo que tanto fascina e ao mesmo tempo amedronta, causa repulsa, algo proibido, oculto... Para o projeto mural, foram pintadas na viela várias “ondinas”. Mais conhecidas como “sereias”, essas figuras são encontradas em historias mitológicas de diversas épocas como seres que habitam as águas. Devido à proximidade da viela escolhida com um vale, muito arborizado e úmido, essas personificações da água em forma de “ondinas” foram executadas nas paredes dando leveza e harmonia ao ambiente." (Vanessa Deister)

Mapa do local da pintura.Vale a pena conferir de perto!

Corpo Cidade







A presença inglesa determinou um traçado ortogonal para o centro de Londrina. Mas a partir desse núcleo, a cidade cresceu e se desenvolveu através de ruas desenhadas de acordo com a sinuosidade de córregos e igapós, vales e morros, sendo interligadas de modo aleatório entre sítios e cafezais, hoje bairros da área urbana, conformando um mapa labiríntico entrecortado por vielas para pedestres.
Tais passagens, mantidas entre imóveis implantados em imensos quarteirões, são consideradas atalhos, vias para encurtar caminho, passagens rápidas, ligeiras e, por essa razão, desprovidas de atrativos. Entretanto, desde o segundo semestre de 2008, essas áreas foram invadidas por imagens de corpos em diferentes percepções, despertando o olhar do transeunte e, quem sabe, retardando um pouco seu passo.
Trata-se da atuação do grupo pertencente ao projeto de extensão Pintura Mural – a cor ativando as paredes da cidade de Londrina, do Departamento de Arte Visual da UEL, sob coordenação do Prof. Carlos Alberto de Campos e orientação dos professores Marcos Aulicino e Vanessa Tavares, que tem o corpo humano como foco. A escolha desse tema deveu-se à verificação de sua recorrência na produção dos alunos, como questionamento dos padrões de beleza ditados pela moda e reiterados pela mídia, bem como da auto-descoberta e, principalmente, pela reflexão sobre o seu lugar na sociedade e, consequentemente, na cidade.
Assim, a presença da imagem do corpo em diferentes linguagens é a marca simbólica da presença do indivíduo na cidade. Porém, não se trata do indivíduo “aluno”, mas o seu pensamento, a sua posição em relação aos questionamentos acima citados que se fazem presente em Londrina.

texto: Fabrícia Leme



1.11.08

Poéticas do Urbano

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A cidade é uma realização humana. Sob a ação dos indivíduos no território urbano, ela muda cotidianamente. A partir dos anos 80, com a crise econômica, novos sujeitos chegam à cidade e disputam dia a dia, palmo a palmo o espaço urbano. Segundo Massimo Canevacci, Cultura, comunicação e consumo – tal é a política atual. Não para conquistar poder, mas conquistar espaço ou não- espaço. No udigrúdi das estratégias de sobrevivência, os espaços vão sendo ocupados e os produtos, serviços, hábitos, crenças e códigos atualizados e globalizados. Esses migrantes rompem com a ordem dominante dos planejamentos urbanos e estabelecem outros modos de ocupar a cidade e de se pensar o coletivo. Novas e improvisadas cartografias são impostas à cidade. Entretanto, esses migrantes, na maioria das vezes, só são percebidos nos problemas que acarretam à cidade e pouca atenção se dá às suas necessidades e direitos. Nossa pesquisa percebe os novos sujeitos da cidade de Florianópolis. Interessa-nos suas estratégias de sobrevivência e os fluxos de globalização surgidos a partir da ocupação dos lugares de moradia, comércio e troca de bens e serviços. Pretendemos dar continuidade aos projetos anteriores nas comunidades de periferia, como os “registros de álbuns de família” e o “imaginário poético de jovens da periferia”, já publicados os primeiros resultados no catálogo “A cidade não pára” e no site deste projeto. Para esta etapa do projeto, nos propomos a pesquisar as ocupações urbanas com finalidade de comércio e prestação de serviços, tais como ambulantes e camelôs instalados especialmente no centro da cidade. A partir das leituras de textos pertinentes ao assunto proposto, estaremos entrevistando os ambulantes e prestadores de serviços, analisando suas estratégias de sobrevivência e, especialmente, suas representações estéticas. Essas reflexões darão suporte à elaboração de ensaios a serem apresentados em fóruns acadêmicos e de planejamento e gestão pública e, posteriormente, publicados num catálogo. Com o intuito de envolver nessa problemática a comunidade acadêmica brasileira, os gestores do espaço público e a sociedade civil, estamos organizando um colóquio para o mês de setembro próximo. Pretendemos com nossas pesquisas integrar os estudos acadêmicos às dinâmicas urbanas contemporâneas de forma a dialogar com os novos sujeitos da história, desenvolver a auto-estima dos que trabalham na sobrevivência diária, como também perceber e dar a perceber aos habitantes da cidade as políticas e poéticas dos novos sujeitos da cidade e seu lugar na cultura contemporânea. As pesquisas universitárias devem se integrar às dinâmicas sociais do dia-a-dia das cidades.

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O texto acima é sobre uma linha de pesquisa realizada no Programa de Pós Graduação na UDESC em Santa Catarina, vale a pena ver o site: http://www.ceart.udesc.br/poeticasdourbano

17.8.08

Momentos Mural =)

31.5.08



9º projeto - flores - açucenas

24.4.08

Pintura mural dá novo visual a paredes de Londrina

Professores Danillo Villa e Ana Fogo

Paredes da cidade estão ganhando nova aparência. O professor Danillo Villa, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA), e alunos do curso de Arte Visual estão pintando flores conhecidas do público em 11 paredes de casas do Portal de Versalhes, próximas à avenida Castelo Branco. A iniciativa é uma das atividades do “Projeto Mural: A cor ativando as paredes de Londrina” e tem como objetivo interferir pictoricamente na paisagem urbana.

“Quando pintamos uma parede estamos querendo protegê-la das intempéries cotidianas, mas também buscamos algo mais: queremos dar-lhe uma aparência, uma presença. A esperança é que elas contribuam para o bem-estar, mesmo que ligeiro, daqueles que passarem pelos espaços” coloca Danillo Villa, colaborador do projeto. O projeto já realizou trabalhos de pintura mural na Casa de Cultura, Londrina Country Club, Aliança Francesa, Colégio Marista, Clube de Xadrez, Biblioteca Central da UEL, entre outros.

Das 11 casas planejadas, a equipe já pintou cinco. As pinturas são realizadas, após autorização dos proprietários, para evitar problemas. “Geralmente, a parede é desconsiderada pelo proprietário. Queremos mostrar que, em espaços alternativos podem ser realizados trabalhos interessantes”. No caso do jardim Versalhes, a equipe trabalha com imagens simples e enormes de flores já conhecidas pelas pessoas, tais como a margarida, tulipa, lírio, bico de papagaio, entre outras. A tinta utilizada é a acrílica. Como ele seca rapidamente, todo o trabalho é feito no mesmo dia, evitando os meios tons das tintas.

O trabalho é realizado coletivamente. Antes de realizar a pintura mural, são feitos desenhos das casas onde as pinturas são realizadas. Sobre estes desenhos, o grupo esboça as flores, discutindo as composições e escolhendo os melhores projetos. Escolhido o desenho, uma outra pessoa aplica o esboço na parede e uma terceira pinta. “A atividade não é uma pintura autoral, feita por uma única pessoa. Com isso, estamos articulando os talentos de todos os integrantes da equipe, de cerca de 10 pessoas. Quem não tem medo de subir a escada faz a parte mais alta da pintura. Então, cada um oferece o melhor de si para a realização do trabalho, que tem como objetivo pintar flores grandes, formando um grande jardim, que dá acesso à UEL”, explica Villa. As paredes das casas podem ter acabamento ou não. “Onde tiver parede e o proprietário autorizar, nós pintamos. Nosso critério é que o trabalho seja visível às pessoas que passam pela avenida Castelo Branco”.

Outro preceito do projeto é sair da sala de aula e entrar em contato com a realidade externa da faculdade. “Quando as pessoas se aproximarem da Universidade, elas terão a idéia de um jardim gigante junto à Instituição. O Departamento de Arte também receberá um mural. “Queremos com isso dar visibilidade ao que se produz no curso e interligá-lo ao bairro”, acrescenta.

Ainda segundo o professor, durante o trabalho, a relação é muito boa entre a equipe técnica. “Nós nos divertimos muito; esquecem a relação professor/aluno; e aprendemos com o aspecto lúdico do trabalho. No final do dia, todos estão cansados, depois de subir e descer escada, carregar tinta, balde, bambu, andaime, escada, lavar pincel – é um trabalhão, dado o tamanho da pintura. E todos trabalham unidos, conscientes dos objetivos do projeto. Cada casa pintada redimensiona o projeto e é divertido trabalhar assim, apesar de todas as dificuldades”.

O projeto não tem prazo para terminar. Quando é convidado para realizar um trabalho, a coordenação solicita material necessário (tinta, andaime, pincéis, entre outros) e lache para os alunos, uma vez que a pintura leva o dia todo para ser realizada e material de divulgação. O trabalho no jardim Versalhes, por exemplo, está sendo feito através de parceria com a Casa de Cultura e FAUEL.

Alduino Zonatto, morador da rua Kazuo Nishiama, diz que aprovou a iniciativa imediatamente após ser apresentada pela equipe do projeto. “O tema e o trabalho são excelentes e são realizados fora do horário de aula, aos sábados e domingos”. Ele gostou tanto do mural realizado em sua casa que vai tirar uma foto e encaminhá-la para parentes do Rio Grande do Sul.

Equipe técnica do Projeto Mural: Alysson Fernando A. Corneta, André Pires Vanin, Anneli Souza, Cláudia Perozim, Débora dos Santos Brito, Elke Coelho, Juliana Vidella, Marika Sawaguti e Samira Padilha Xavier.

Nem tudo são flores

No último sábado, enquanto fazia o trabalho no jardim Versalles, a equipe foi assaltada por dois menores.

“A gente estava pintando e dois meninos menores, de 16 anos, se aproximaram – como é comum pararem e perguntar sobre o projeto, não estranhamos de início – e mostraram um revolver; disseram para ficarmos quietos; e pegaram algumas coisas: uma bolsa, um celular e uma máquina fotográfica”, relata o professor. Após o assalto, Danilo Villa ligou à Polícia Militar e logo em seguida os dois menores foram presos.

Em virtude do assalto, a equipe está estudando uma forma de dar continuidade ao projeto, já que o trabalho envolve estudantes e o professor se sente responsável por eles. Se alguém tiver alguma sugestão é só procurá-lo no Departamento de Arte Visual.

fonte: Jornal Noticia UEL 06/09/2006

Prograd inaugura Galeria de Diretores

Agência UEL


Galeria traz fotos de ex-diretores da Prograd

A Pró-Reitoria de Graduação inaugurou uma Galeria de Diretores, como forma de homenagear os servidores da Instituição que se dedicaram ao exercício do cargo na Diretoria de Assuntos Acadêmicos e Diretoria de Apoio à Ação Pedagógica.

A Diretoria de Assuntos Acadêmicos foi a primeira a se constituir, por meio de divisões, em 1973. Passaram pela Diretoria os servidores Jaime Nallin Duarte Leal, Wilmo Maletzki, Oswaldo Rubens Canizares, Hamil Adum Filho, José Dorival Peres, Maria Aparecida Sambatti Pielarissi, Ésio Dolci e Ricardo Ralisch.

A Diretoria de Apoio à Ação Pedagógica iniciou oficialmente suas atividades em junho de 1994, com Leila Daher Mineli. Os demais servidores que exerceram este cargo e estão com suas fotos expostas na Galeria são: Elsa Maria Mendes Pessoa Pullin, Silza Maria Pazello Valente, Bianco Zalmora Garcia e Suzana de Fátima Paccola Mesquita.

“Para nós é motivo de satisfação e orgulho prestar esta singela homenagem às pessoas que efetivamente, por meio de idéias, reflexões e ações, proporcionaram o desenvolvimento do sistema acadêmico da graduação”, diz a professora Maria Aparecida Vivan de Carvalho, pró-reitora de Graduação.

A parede na qual os quadros estão expostos foi decorada pelos professores Danillo Gimenes Villa e Ana Cristina Mortensen, bem como por estudantes que fazem parte do Projeto Mural.

fonte: Jornal Noticia 20/11/2007

7.4.08

Amarela

Atualmente o "Projeto Mural" está desenvolvendo o estudo de vários projetos a serem realizados neste ano. Dentre eles "Amarela", pintura a ser feita no departamento de Artes Visuais da UEL. A pintura é uma homenagem a simpatica mascote do lugar, cachorra que atende pelo nome sugestivo de "Amarela".